quarta-feira, 4 de junho de 2008

Brasil, Campeão do Mundo dos Juros, Impostos e Encargos Sociais.

04/06/2008 - 19h19
BC aumenta taxa básica de juros pela 2ª vez em 2008, para 12,25% ao ano
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EDUARDO CUCOLOda Folha Online, em Brasília
Como já era esperado, o Banco Central anunciou nesta quarta-feira (4) o segundo aumento seguido da taxa básica de juros no ano para combater a alta recente da inflação. O Copom (Comitê de Política Monetária do BC) decidiu elevar, por unanimidade, a Selic de 11,75% ao ano para 12,25% ao ano, acompanhando a aposta da maioria dos analistas do mercado financeiro.
Em abril, o BC realizou o primeiro aumento desde maio de 2005, e os juros subiram de 11,25% ao ano para 11,75%. A próxima reunião do Copom está marcada para os dias 22 e 23 de julho, e a expectativa do mercado financeiro é de novos aumentos na Selic.
Em nota divulgada após a reunião, o BC explica apenas: "Dando prosseguimento ao processo de ajuste da taxa de juros básica iniciado na reunião de abril, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic pára 12,25% ao ano, sem viés", sem detalhar o que justificou a alta.
Arte Folha Online/Arte Folha Online
Segundo a pesquisa semanal do BC conhecida como relatório Focus, os economistas esperam que a taxa básica de juros termine 2008 em 13,75%. Isso representa um aumento de mais 1,50 ponto percentual, diluído nas quatro reuniões que o BC realizará até o fim do ano --possivelmente, dois aumentos de 0,50 ponto e dois de 0,25 pp.
Os economistas só esperam que os juros recuem novamente no próximo ano e, mesmo assim, para terminar 2009 em 12,50%, acima do que está hoje.
Inflação
As previsões de novos aumentos dos juros se devem não só à inflação, mas também às palavras do BC na ata da última reunião.
Na ata, a instituição diz que as altas recentes de preços são "impactos inicialmente localizados", mas que apontam para o risco de uma "deterioração persistente" da inflação, o que justificaria o aumento dos juros.
Em relação às criticas de que o BC pode comprometer o crescimento da economia, o Copom diz que, ao combater a inflação, está ajudando a melhorar o planejamento das famílias e das empresas, além de "resguardar os importantes incrementos na renda real dos assalariados".
Meta para 2008
Outra preocupação do BC são as previsões de inflação acima do centro da meta --que é de 4,5%-- para 2008 e 2009. O mercado já estima que o aumento de preços vá ficar em 5,24% neste ano.
O índice oficial de inflação do governo, o IPCA, que é utilizado como meta para o BC, já está em 2,08% no acumulado do ano. Em 12 meses, o aumento geral dos preços chega a 5,04%.
Apesar dos números estarem dentro do intervalo de tolerância de dois pontos percentuais de inflação acima dos 4,5%, o presidente BC, Henrique Meirelles, disse no mês passado que o Copom tem de mirar sempre o centro da meta, já que há uma defasagem entre o aumento dos juros e seu efeito na economia.
Impacto ao consumidor
A taxa Selic serve de referência para os juros praticados no mercado financeiro. No caso do pequeno consumidor, por exemplo, as ações do BC podem se refletir no custo e na ofertas e crédito.
Segundo levantamento do próprio BC, as taxas cobradas pelos bancos no cheque especial e no empréstimo pessoal subiram em abril e alcançaram, respectivamente, 152,7% ao ano e 50,6% ao ano.
Mesmo assim o crédito vem crescendo, o que pode mudar caso o BC mantenha a trajetória de alta dos juros por muito tempo.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Quem Tem Visão Sabe Que Precisamos Mudar.

Brasil precisa de reformas e dívida menor para nova classificação, diz Fitch
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reportagem dia 20/05/08.

da Folha Online
Para avançar mais um degrau em sua classificação de grau de investimento, o Brasil precisa lidar com os problemas em suas finanças públicas, o endividamento e o ritmo "glacial" em reformas importantes, como a tributária, a previdenciária e a trabalhista, além da questão da autonomia do Banco Central, disse nesta sexta-feira a diretora-sênior da agência de classificação de risco Fitch Ratings para ratings soberanos da América Latina, Shelly Shetty.
A Fitch elevou ontem a nota do Brasil de "BB+" para "BBB-". Embora o Brasil esteja diminuindo a distância de sua classificação em relação a outros países com "investment grade" baixo, ainda está atrás em relação a países com notas médias.
"O ambiente econômico favorável diminuiu o 'apetite' [do governo] por reformas como as da Previdência e a Trabalhista, além da discussão sobre a autonomia do Banco Central" disse Shetty, em teleconferência realizada hoje.
Uma melhora na estrutura das finanças públicas --em particular no endividamento doméstico-- e uma aceleração nas reformas que melhorem o potencial de crescimento do país seriam medidas positivas, segundo a Fitch.
"Uma redução sustentada no endividamento é algo que esperamos, além de outras reformas que melhorem o potencial de crescimento do Brasil, de 4%, 4,5% para algo mais perto de 5%, 6%, o que se vê entre os outros países de grau de investimento baixo."
Para a agência, no entanto, um fator que atenua esses pontos desfavoráveis é o fato de que o Brasil não é o único país com um grau de investimento baixo: outros nessa situação são, por exemplo, Índia, Marrocos e Hungria --países que também tem endividamentos altos. O Brasil também tem uma relação endividamento/receitas mais favorável que esses países --incluindo o México.
O grau de investimento é a classificação dada pelas agências de rating a países com poucas chances de deixar de honrar suas dívidas. Com a nota, o Brasil pode receber recursos de grandes fundos internacionais que só têm autorização para investir em mercados que já conquistaram o carimbo de bom pagador. Alguns desses fundos exigem ainda que pelo menos duas agências considerem o país "investment grade", o que acontece a partir de hoje.
Entenda
O rating é uma opinião sobre a capacidade de um país ou uma empresa saldar seus compromissos financeiros. A avaliação é feita por empresas especializadas, as agências de classificação de risco, que emitem notas, expressas na forma de letras e sinais aritméticos, que apontam para o maior ou menor risco de ocorrência de um 'default', isto é, de suspensão de pagamentos.
Para publicar uma nota de risco de crédito, os especialistas dessas agências avaliam além da situação financeira de um país, as condições do mercado mundial e a opinião de especialistas da iniciativa privada, fontes oficiais e acadêmicas.
O rating é sempre aplicado a títulos de dívida de algum emissor. Se uma empresa quer captar recursos no mercado e oferece papéis que rendem juros a investidores, a agência prepara o 'rating' desses títulos para que os potenciais compradores avaliem os riscos.
As agências, portanto, classificam debêntures, "medium-term notes", títulos de dívida conversível, mas não ações.
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quarta-feira, 21 de maio de 2008

0 Sistema tributário brasileiro é o mais complexo e caro do mundo, revela IBPT

Por: Giovanna Rodrigues21/05/08 - 10h34InfoMoney

SÃO PAULO - De acordo com o IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário), o sistema tributário brasileiro é o mais complexo e caro do mundo. Para se ter uma idéia, atualmente, existem 61 tributos.Além disso, observa-se no Brasil a chamada multi-incidência tributária ou efeito cascata horizontal e vertical, que é o tributo que incide sobre outros tributos sucessivamente. A tributação híbrida, por sua vez, faz com que tributos sejam utilizados, ao mesmo tempo, com finalidade arrecadatória e regulatória.Normas tributáriasSegundo o Instituto, existem mais de 3.200 normas tributárias em vigor, por meio da Constituição Federal, leis ordinárias, complementares, medidas provisórias, decretos-leis, decretos, portarias etc.No total, são cinco quilômetros e meio de normas ou 55.767 artigos, 33.374 parágrafos, 23.497 incisos e 9.956 alíneas.Como o cidadão paga tributoConforme estima o IBPT, os brasileiros pagam, em média, 15% de tributos sobre sua renda, na forma de Imposto de Renda e contribuição ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Sobre o patrimônio, incide cerca de 3%, na forma de IPVA e IPTU, por exemplo.Além disso, o cidadão paga em torno de 22,51% de tributos sobre o consumo (ICMS, IPI, PIS, Cofins etc.). No total, são 40,51% do rendimento bruto ou 148 dias trabalhados em um ano apenas para arcar com os tributos.No ano passado, os brasileiros pagaram R$ 923 bilhões em tributos, o que significa R$ 2,53 bilhões por dia, R$ 105 milhões por hora, R$ 1,76 milhão por minuto e R$ 29,275 mil por segundo.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

China País de Terceiro Mundo Igual a Nós?

Estivemos na China, e que vergonha eles lá só tem 1 imposto contra 75 aqui no Brasil. Lá o tributo é na renda 10% do valor do lucro.
É assim também nos paises chamado de Primeiro Mundo.
Por isso que o produto chinês esta matando as industrias do Brasil.
E se o nosso governo não acordar para esta situação vai ficando mais dificil. Não adianta sobretaxar os produtos chineses. deveriamos fazer o que eles fizeram. Só isso.
Outro perigo que as industrias tradicionais estão montando lá fabricas e encomendando produtos que eram fabricados aqui no Brasil, sendo feito lá com suas marcas impressas no produto é uma imensa quantidade de empresas que não tem outra alternativa a não ser fazer esta parceria que mata o emprego aqui em nosso país. Até quando nós brasileiros do Brasil vão acordar para esta realidade?